segunda-feira, 21 de maio de 2012


Armando Monteiro sugere medidas para melhorar a saúde pública




[senador Armando Monteiro (PTB-PE)]


O Brasil ainda tem muito a resolver na área da saúde, afirmou em Plenário, nesta quarta-feira (15), o senador Armando Monteiro (PTB-PE). Ele salientou que a saúde está entre as grandes preocupações dos brasileiros, sublinhando que as pesquisas anuais do instituto Datafolha, realizadas desde 2007, colocam a saúde como a principal preocupação da população.
- É preciso reconhecer que o Brasil convive com uma agenda pendente na área de saúde - disse o senador, que enumerou medidas que poderiam melhorar o setor, a partir do livro Brasil: a nova agenda social, organizado por Edmar Bacha e Simon Schwartzman.
O livro inclui um capítulo sobre políticas para a saúde. O estudo do economista André Médici chamou a atenção do senador. O trabalho mostra que as famílias mais pobres recebem, proporcionalmente, menos recursos do SUS do que as famílias mais ricas. Apesar de os ricos usarem menos o SUS, têm mais acesso aos tratamentos públicos de alto custo, que são ofertados, geralmente, nos grandes centros.
O senador listou a falta de qualidade dos serviços, as grandes filas, os problemas de organização e a falta de transparência e de autonomia administrativa entre os principais problemas da saúde. Segundo Armando Monteiro, o estudo de André Médici sugere algumas medidas para o SUS: priorizar o acesso dos mais pobres, aperfeiçoar a governança do sistema, melhorar a articulação com os planos de saúde privados e ampliar o financiamento setorial.
- São muitos os problemas, mas o cardápio de soluções também é amplo. Precisamos caminhar no sentido de impulsionar essa agenda pendente, que depende de muita vontade política - concluiu.
Na visão de Armando Monteiro, a questão da saúde evidencia a diferença entre as classes sociais. Ele deu como exemplo o Serviço Único de Saúde (SUS), que prevê o acesso universal e gratuito. O senador disse que o SUS, no papel, é um dos sistemas mais completos do mundo, mas as dificuldades do sistema terminam por penalizar os mais pobres.
Armando Monteiro lembrou que, no ano passado, o Senado votou a regulamentação da Emenda 29, que estabelece percentuais mínimos para o investimento em ações de saúde por parte da União, dos estados e dos municípios. Segundo o senador, foi um passo importante, mas insuficiente para resolver os problemas do país.

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